"- Lemos algures que o meu amigo fizéra uma comunicação, na Academia de Sciencias de Portugal, sobre o clima das Caldas da Rainha. É certo?
- É certo, meu caro Ribeiro de Carvalho.
- Deu-se então bem naquela estação?
- Admiravelmente. Nem na Siussa ainda passei tão bem.
- Fez algum tratamento? Aproveitou-se das inalações ?
- Limitei-me a respirar o magnifico ar; e foi, precisamente, o efeito colhido por esse simples processo que sugeriu o meu trablho.
- Diga-me então alguma coisa sobre o assunto.
- Da melhor vontade. Eu era extremamente atreito a constipações que degeneravam quasi sempre em bronquites com febre e dificuldades de respiração. Para ter esse mal, bastava qualquer corrente de ar ou apanhar um pouco de humidade. pois, nas Caldas, suportei sem o mínimo abalo, esses dois terriveis inimigos da minha saude. Devo ainda acentuar que, anteriormente, raras vezes sentia o ar descer até á base dos pulmões. Desde, porém, que experimentei a influencia d'aquele priviligiado clima, o oxigénio passou a visitar-me o sangue com maior assiduidade." [...][Pág. 4].
[O Clima das Caldas da Rainha. Utilidade da sua acção. Estudos Scientificos para a explicar. Entrevista com o academico Antonio Cabreira e projecto de lei do deputado Ribeiro de Carvalho, Camara Municipal e Associação Comercial e Industrial das Caldas da Rainha. Lisboa. Composto e Impresso na Tipografia Pessoa, 13, 13-A Calçada de S. Francisco. Folheto com 8 páginas numeradas + capas. Dimensão: 13,3 x 20,8 cms.
O meu agradecimento ao João B. Serra pela partilha desta fonte bibliográfica caldense.
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