Cavacos das Caldas
CAVACOS DAS CALDAS II

DICIONÁRIO GRÁFICO BORDALIANO

alguns livros, cerâmicas, belos gatos e algo mais...



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

357.ª Página Caldense

Umas breves palavras sobre o livro desta Página Caldense.

Não é um livro. É um livrinho; tanto pelas suas modestas dimensões, 14 por 10,5 centímetros, como pela sua vetusta idade. A sua edição remonta a 1878. Com 38 páginas numeradas, perde-se no meio dos exemplares mais robustos. Apesar do seu tamanho, este livrinho (como eu gosto de lhe chamar) é uma verdadeira preciosidade.

O seu título. “Origem do Real Hospital e da Villa das Caldas da Rainha com mais alguma noticia interessante assim histórica como archeologica, e também acerca da virtude das aguas mineraes da dita villa”.

O seu autor: D. Luis Vermell y Busquets (o peregrino espanhol),”Pintor, e esculptor-entalhador da Real Casa de Sua Magestade o Senhor D. Fernando.”

Editado em Lisboa na “Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, impressor da Casa real, Rua dos Calafates, 110

Falta informar que é um “excerpto do tomo VI da obra inédita das viagens”, do autor.

A páginas 32, um capítulo que suscitou o meu particular interesse, intitulado:

“Quatro palavras acerca da villa das Caldas da Rainha

Tem esta Villa 4.000 habitantes que muitos possuem um quinhão de terra; outros vivem da productiva colheita dos banhos como já se disse; alguns de commercio e venda de rendas brancas feitas em Peniche; outros de oleiros e mais trabalhos de louças de utilidade e de mero adorno. Este ultimo producto é d’um género especial e exclusivo d’esta localidade e são três os principais fabricantes o sr. Francisco de Souza, o sr. Manuel Mafra e a sr.ª Henriqueta chamada a viúva. Esta industria é exercida por jovens do sexo masculino e feminino que dá gosto vel-os trabalhar, aquelles com engenho e facilidade, e estas com dedicadeza; elles construindo formas e d’ellas tirando mil objectos, figuras e animais cujos corpos que de propósito saem mutilados, logo os membros de pernas, braços e orelhas conforme o animal, são soldados com a maior frescura e graça do mundo; ellas lavrando uns cestinhos como de junco, pratos para collocar frutas e infinidades d’outros objectos engraçados que é um prazer observar estas tranquillas e separadas oddicinas. O mais admirável d’estes obreiros é que nenhum sabe dezenho, e que até inventam! Porém é sensível que se não dedicam a estudar a arte que em todas as peças lhes falta! E que muitas com menos trabalho, isto é, mais sóbrias de ornato seriam mais lindas. Enfim, ainda com os adiantamentos que na forma e na cor lhes faltam a estes trabalhos de louça, o caso é, que é muito sympathica e incita adquirir algum exemplar, pois alguns, sobretudo de animaes e vegetaes formados do natural, traz alguma recordação dos afamados feitos na Itália séculos atraz.”

O conteúdo deste pequeno grande livro obriga a que volte ele. Transcreverei outros capítulos. É a visão abalizada de um turista em passeio pela nossa cidade, passados que são cento e trinta e um anos. É meu desejo que seja do agrado dos eventuais leitores destas páginas caldenses. Tanto como me agradou a mim partilhá-lo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carta Aberta

Carta Aberta apela à salvaguarda da Fábrica Bordalo Pinheiro

Segundo noticia publicada no Diário de Notícias de hoje, "profissionais da arte de património, estão a apelar, em carta aberta, a uma intervenção do Estado para que a Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, seja salva de um futuro incerto. Os autores exortam o primeiro-ministro, José Socrates, a intervr no sentido de salvaguardar a integridade do espólio do artista ainda existe na empresa."

O documento encontra-se alojado em:

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

356.ª Página Caldense

HERCULANO ELIAS
Miniaturas em Terracota

"Herculano Elias, nasce em Caldas da Rainha em 7 de Julho de 1932. Descende de uma família de ceramistas, cujos nomes é relevante destacar: seu tio-avô Francisco Elias (O Mestre Elias, criador do Ramo das Miniaturas em barro); o avô Herculano Elias, ambos discipulos de Rafael Bordalo Pinheiro e, seu primo Eduardo Mafra Elias. Ligado à família, Manuel Cipriano Gomes (o Mafra), o ceramista mais qualificado e com obra notável, anterior a "Mestre" Rafael Bordalo Pnheiro.

Herculano Elias desenvolve a barrística desde os 5 .anos de idade. Vê a luz do dia pela primeira vez, ao lado da oficina do avô, onde toma o seu baptismo num tanque de barro, aos 2 anos."[...]

[Herculano Elias. Miniaturas em Terracota. Junta do Turismo da Costa do Estoril. 29 de Novembro / 13 Dezembro. Sem indicação de ano.]

Novo Blog


Boas vindas ao Nicolau Borges com o seu blog Velaturas

domingo, 22 de fevereiro de 2009

355.ª Página Caldense

BORDALO CARICATURAS
Para desenhar, Recortar e Pintar

[Bordalo Caricaturas para desenhar, recortar e pintar. Museu Rafael Bordalo Pinheiro.Design Gráfico Silva! Créditos Fotográficos: Luisa Lopes, José Manuel Costa Alves. 2006. ISBN 972-8403-27-5]

sábado, 21 de fevereiro de 2009

354.ª Página Caldense

O ENTRUDO
A Toilette
"Como nós queremos transformar este gajo..."

PARÓDIA COMÉDIA PORTUGUESA
N.º 2, 21 de Janeiro de 1903

RAFAEL BORDALO PINHEIRO

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

António Lobo Antunes entrevistado

[Ilustração de Susana Monteiro que acompanha a crónica de António Lobo Antunes, publicada na Visão de 19 de Fevereiro de 2009]

Folhas numa mão aberta ...

Há dois dias atrás, António Lobo Antunes concedeu uma grande entrevista ao Diário de Notícias.

Hoje, quinta feira a revista Visão publicou mais uma crónica sua.

O escritor anunciou que vai escrever mais dois livros e depois remete-se à solidão de uma escrita não partilhada.

Quando António Lobo Antunes nos permite um olhar fugidio à sua intimidade, surpreende-nos; confessa-nos o fim de um ciclo, que se completa quando tudo o que tinha que escrever já considera tê-lo feito.

Tive o privilégio de ter sido anfitriã de António Lobo Antunes, por cinco vezes.

Confesso o meu fascínio pela sua escrita, apesar de não deixar de sentir que ele brinca comigo, como o gato joga com o rato. Diverte-se (o escritor) a provocar-me (a sua leitora), com as palavras, as personagens, as armadilhas feitas de frases… Percebeste-me? Compreendeste-me? Então, acompanhas-me ou não?...Desistes? …

E lá vou eu, como que encantada, numa leitura feita de ternuras, de sentimentos fortes, de personagens que extravasam dos páginas dos livros e que me acompanham na vida.

As suas frases, por vezes inacabadas… O seu sorriso meigamente irónico… Os seus silêncios…

... Já sinto a nostalgia, por saber que daqui a pouco tempo já não terei mais um livro em que ele me escreva: Para a Isabel com amor …António

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

353.ª Página Caldense

RELATÓRIO
"Das expedições a Madrid, por onde se prova o desenvolvimento material e moral da nossa raça, segundo as teorias de Darwin." "Francamente, se isto é o aperfeiçoamento da minha especie, sinto-me feliz por me ter conservado no primitivo estado de gorila..."

O ANTÓNIO MARIA, 3 DE MAIO DE 1883 [Página 144]

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

352.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA, 26 DE MARÇO DE 1892
RAFAEL BORDALO PINHEIRO


[ - Até que emfim vamos ser considerados gente! ... gritam os gatos, em coro, sabendo da contribuição que sobre suas cabeças vae pesar.
Sentidas condolencias ao nosso amigo Fialho d'Almeida pelo enorme imposto que terá de pagar.]


"Meus Senhores, aqui estão os gatos!

Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato.

Ao crítico deu ele, como ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa e a câlinerie. Fê-lo nervoso e ágil, reflectido e preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até à tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os indiferentes, e terrível com agressores e adversários. Um pouco lambeiro talvez perante as coisas belas, e um quase nada céptico perante as coisas consagradas; achando a quase todos os deuses pés de barro, ventre de jibóia a quase todos os homens, e a quase todos os tribunais, portas travessas. Amigo de fazer jongleries com a primeira bola de papel que alguém lhe atire, ou seja um poema, ou seja um tratado, ou seja um código. Paciente em aguardar, manso e pagado, com um ar de mistério, horas e horas, a surtida de um rato pelos interstícios de um tapume, e pelando-se, uma vez caçada a presa, por fazer da agonia dela uma distracção; ora enrolando-a como um cigarro, entre as patinhas de veludo; ora fingindo que lhe concede a liberdade, atirando-a ao ar, recebendo-a entre os dentes, roçando-se por ela e moendo-a, até a deixar num picado ou num frangalho.

Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - porque não escolheremos nós o travesti do último? É o que se quadra mais no nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das dentadas famintas do cachorro.

Razão porque nos acharás aqui, leitor, miando pouco, arranhando sempre, e não temendo nunca.”

Fialho d'Almeida
Os Gatos [Prefácio]

[Entre 1889 e 1894, Fialho de Almeida escreve "Os Gatos, Publicação Mensal d'Inquérito à Vida Portuguesa", um conjunto de crónicas jornalísticas. São várias as referencias a este escritor na obra gráfica de Bordalo. É bem conhecida a jarra Fialho de Almeida, oferecida pelo artista ao seu amigo escritor.]

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

351.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA, 6 DE AGOSTO DE 1892
[Página 559]

"Quando, ha mezes, o dramatico naufragio do norte fez estremecer todas as almas portuguesas , um nosso compatriota, o sr. Guilherme de Azevedo, que então se achava no estrangeiro abriu, entre os seus amigos e conhecidos, uma subscripção em beneficio das victimas sobreviventes d'esse tragico desastre.

Voltando pouco depois a Portugal, quando se preparava para distribuir o producto da sua subscripção, veio a saber que, graças a unanime philantropia nacional, não era tal lastimável, como a principio supozera, o estado das creaturas em favor das quaes tanto trabalhára, motivo que o levou a dividir as esmolas recolhidas em duas parcellas: uma para a familia dos naufragos, outra para os operarios mais fundamente lesados pela recente crise de trabalho.

D'esta ultima parcella tirou o sr. Guilherme de Azevedo a quantia de 20$000 réis que, por intermédio da administração do Commercio do Porto, nos enviou para distribuirmos pelos operarios da Fabrica de Faianças das Caldas da Rainha.

Perante o administrador do concelho d'aquella localidade, o nosso amigo Francisco Gomes d'Avelar Junior, procedeu-se a essa distribuição, sabbado da semana passada.

Ao sr. Guilherme de Azevedo o nosso agradecimento e o agradecimento dos contemplados, cujos nomes vão abaixo inscriptos, e a cada um dos quaes foi entregue a quantia de 500 réis:

José de Campos, Herculano Elias, Antonio Cababo, Candido da Silva, Antonio Miranda, Evaristo Rebello, Augusto Miranda, Francisco Elias, José Francisco, Francisco da Clara, José Vicente, João Pereira, Antonio Duarte, Francisco Victorino, Etelvino dos Santos, Avelino Belo, Joaquim Cartaxo, José Carlos, Luiz Leal, Antonio Madeira, José Prodencio, João Nunes, José Pacheco, Antonio de Almeida, Joaquiz Duarte, José Barbado, Joaquim Cipriano, Jose Fradesca, Amelia Dias, Maria Rita, Maria d'Oliveira, Silvana da Conceição, Thereza de Jesus, Francisco Alves, Lucas da Silva, José do Couto, Augusto Baptista, Fillipe de Sousa, Felix dos Santos. "

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

350.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA, 27 DE MAIO DE 1892
[Página 469]



"O Sr. Guilherme de Azevedo teve a rara generosidade de, afim de soccorrer os operariso sem trabalho, nos enviar, por intermedio da redação do Commercio do Porto, a quantia de 20$000 reis, retirados da importancia d'uma quête feita em paris e Londres a favor das familias, agora já remediadas, dosnpescadores da Povoa, quantia que vamos destribuir pelos operarios das Caldas.

Agradecendo do fundo d'alma, a levantada acção do sr. Guilherme de Azevedo, aproveitamos este momento para aui signalar a nossa opinião acerca do modo, ultimamente tão discutido, de distribuir soccorros a pessoas pobres e desarrumadas.

Somos contra a distribuição de donativos uma vez que a verba destinada para estes attinja numa certa grandeza.

Um donativo de dez, quinze ou vinte mil reis pode temporariamente remediar a situação de quem o recebe mas só temporariamente. O futuro continua sem garantia, completamente sujeito a contingencias, a acasos. Depois - e é este o supremo mal dos donativos pecuniarios - enquanto o dinheiro dura, amollece-se a actividade do operario que, momentaneamente amparado por uma ephemera fortuna, deixa de trabalhar e de procurar trabalho, ficando asim enterrado, passados dias, na mesma miseria.

Com as quantias subscriptas pela caridade nacional, promovam-se trabalhos e distribua-se trabalho em vez de se distribuir dinheiro.

Quando são as classes agora em mais afflictivas circumstancias: os typographos, os oleiros, os marceneiros? Mandem reimprimir obras raras da nossa litteratura, encommendem peças de ceramica, encommendem peças de mobiliario.

Assim de accudiria á pobreza d'esses operários, cujo trabalho poderia ser vantajosamente aproveitado e cuja actividade por esta forma se robusteceria, longe de enfranquecer."

349.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA, 20 DE MAIO DE 1892
[Página 461]

"Relação nominal dos operários que se encontram em penosas circumstancias (sic) pela paragem dos trabalhos da fabrica de faianças das Caldas da Rainha e que foram generosamente contemplados por S. M. a Rainha a srª. D. Maria Pia com a quantia de 225;000 réis distribuidos aos mesmos empregados no dia 14 de maio de 1892."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

348.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA
30 de Abril de 1892, página 444


Agradecendo

"Tocada pela deploravel situação dos operários da Fábrica de Faianças das Caldas, há longo tempo sem trabalho, do producto da kermesse tirou S. M. a Rainha Viuva a quantia de duzentos e vinte e cinco réis que generosamente nos enviou para serem distribuidos por aquellas bem pouco felizes creaturas.

É com suprema alegria que aqui registramos e commovidamente agradecemos a levantada acção da caridosa Rainha."

347.ª Página Caldense

VIVA DARWIN

Caricatura em cerâmica da autoria de "Constantinos".

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

346.ª Página Caldense

ROTEIRO BREVE DA BANDA DESENHADA EM PORTUGAL
Desde a Picaresta Viagem à Pior Banda do Mundo
CARLOS PESSOA


"Existe um acto fundador da banda desenhada portuguesa, uma data a partir da qual se possa considerar estarmos perante histórias aos quadradinhos no sentido moderno do termo? Sim, respondem os especialistas. Para uns, a resposta consiste em "conferências Democráticas", de Rafael Bordallo Pinheiro, publicada em 1891 em A Berlinda, que João Paiva Bóleo e Carlos Bandeira Pinheiro consideram ser a primeira banda desenhada nacional. Para outros, porém, só se pode falar autenticamente em banda desenhada a partir de Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem de do Imperador Rasilb pela Europa, também de Raphael Bordallo Pinheiro, publicada em álbum em 1872. "[Pág. 12]


[Roteiro Breve da Banda Desenhada em Portugal, da Picaresca Viagem à Pior Banda do Mundo. Carlos Pessoa. Editor: CTT Correios de Portugal SA. Edição realizada em Junho de 2005, por Norprint, numerada e autenticada pelo Editor, com uma tiragem limitada a 7000 exemplares contendo os 4 selos e o bloco da emissão filatélica "Heróis Portugueses da Banda Desenhada". ISBN 972-9127-94-8. Exemplar 2978.]

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

344.ª Página Caldense


O ANTÓNIO MARIA
Vol. XII - N.º 458
30 de Dezembro de 1897
[Anúncios]

343.ª Página Caldense

O ANTÓNIO MARIA
N.º 469, 14 DE ABRIL DE 1898

O CALDEIRÃO DA POLITICA

(Impressões de um Cozinheiro)

Politica: - Que tal achas?

: - Semsaborão! Falta de tomates!

Assinado: Rafael Bordalo Pinheiro

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

342.ª Página Caldense

ROTEIRO ARTESÃO PORTUGUÊS
ESTREMADURA

"Zé pacóvio
Zé povinho
Por tais nomes sou crismado.
Dai-me destas, dai-me vinho
Se me querem animado!

Assim nada m'importa,
Esta vida são dois dias
Quer vá direita ou torta
Nada me mete arrelias.

Perseguido e vencido
Tal sorte nunca me larga.
Hei-de ser até morrer
Eterno burro de carga.

Extraído de um texto de Calderon Dinis, intitulado Tipos e Factos de Lisboa do Meu Tempo." [Página 62]


[Roteiro Artesão Português 8. Estremadura. Maria Natália Almeida D'Eça. Edição de Autor. 1.ª Edição 1000 exemplares. 1995.]

1.º Encontro de Bloggers do Oeste







Para quem já leu o post a propor a realização do 1.º Encontro de Bloggers do Oeste, solicitamos que anotem a alteração da data do dia 14 para 21 de Março. Tudo o mais mantem-se.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

1.º Encontro de Bloggers do Oeste

O amigo Zé Ventura lançou o repto: concordei de imediato. Vamos promover o 1.º Encontro de Bloggers do Oeste.

Como não poderia deixar de ser, recomenda-se uma jantarada, que será no dia 21 de Março, sábado, pelas 20,00 Horas. Local escolhido: O Zé do Barrete, na Cova da Onça.

As inscrições (nome do participante, nome do blog e número de telemóvel), podem ser feitas na
Electrolider, ou na
Loja 107, Livraria (ambos na Rua Heróis da Grande Guerra, em Caldas da Rainha)
ou por meio dos seguintes endereços electrónicos:
zeventura@netvisao.pt
loja107@sapo.pt

Quanto ao custo do jantar, saber-se-á na altura do pagamento.

Será que nesse dia, iremos jantar o Zé Ventura e eu, ou teremos companhia?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

341.ª Página Caldense

BORDALO

Sobretudo no verão de pouco serve
Salvo a chimpanzé de pano de pó
A vida cabe num instante breve
Passa na travessa um sol-e-dó

Amanhã ficamos em Fernão Pó
E para que a noite seja leve
Dormimos os dois numa cama só
- Olha-me a ideia que ela teve

Mais assassina inesperada rima
Que do meritíssimo o veredicto
Desilude a gente mas anima

Um bote de artista que não falha
E ao apurar a gesta da navalha
Assina a sorte com um manguito

Júlio Pomar
[Jornal das Letras, 28 de Janeiro - 10 de Fevereiro de 2009]