Cavacos das Caldas
CAVACOS DAS CALDAS II

DICIONÁRIO GRÁFICO BORDALIANO

alguns livros, cerâmicas, belos gatos e algo mais...



sexta-feira, 31 de agosto de 2007

134.ª Página Caldense

NO LAZARETO DE LISBOA
RAFAEL BORDALO PINHEIRO


[Ano de Edição: 1881. Empresa Literária Luso-Brasileira - Editora. Director e proprietário A. de Sousa Pinto. Lisboa. Dimensão: 16,00 x 23,50 cms. 56 páginas numeradas + capas. Impressão: Lallemant Fréres, Typ., (Fornecedores da Casa de Bragança) Rua do Tesouro Velho, 6, Lisboa]

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

133.ª Página Caldense

ALGUNS ASPECTOS DO FOMENTO FRUTEIRO NA REGIÃO
DAS CALDAS DA RAINHA
ANDRÉ NAVARRO

[Autor: Professor e Director do Instituro Superior de Agronomia. Separata do "Agros", n.º 1 - Janeiro/Fevereiro de 1940. Folheto com 10 páginas numeradas + capas. Dimensão: 18,60 x 23,60 cms.]

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

132:ª Página Caldense

NOTICIAS INTERESANTES DA REAL VILLA DAS CALDAS
COM ALGUNS MAPPAS CURIOZOS NO ANNO DE 1797 E 1798

[...] "A Horta Real é um recinto todo murado, onde vários hortelãos plantam várias saladas, e ervas para venderem, e gasto do Provedor, tem dois grandes tanques de água que lhe vem da fonte das cinco bicas que fica pegado ao muro da quinta Real, e em um dos tanques há imensos peixes de recreio, tem suas parreiras, e no último quadro, estão várias pirâmides de Louro, e muros recortados com seus arcos, feitos de bucho verde.[...] [Pág. 46]

"Táboa da entrada corredor e largo do pocinho e copa"[Mapa entre as pág.48 e 49]

[PH - Património Histórico, Grupo de Estudos. Colecção PH - Arquivos. 1.ª Edição, Dezembro de 2002. Estudo introdutório: Luis Nuno Rodrigues. Transcrição e notas: Nicolau Borges. ISBN 972-8154-21-6]

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Desafio

Onde estão estes azulejos? Responda quem sabe!

131.ª Página Caldense

HÁ MUITOS ANOS...
DUAS PÁGINAS DE RAFAEL BORDALO

"Foi em 1881. Estavam os regeneradores no poder e, portanto... os progressistas na oposição. Era ministro da justiça Lopo Vaz e governador civil de Lisboa o célebre Arrobas. Discutia-se muito a não menos célebre "lei das rolhas", ainda a questão de Lourenço Marques; etc. A primeira das gravuras que reproduzimos é meia página do António Maria (de 29 de Dezembro d'aquele ano) em que precisamente Lopo Vaz e o conselheiro Arrobas são satirizados com a graça que caracterizava todos os trabalhos do grande Rafael Bordalo. A segunda, extraída do mesmo número do referido semanário, parodia a um reclame, cremos que de sabonetes, então muito em voga, apresenta inúmeras caricaturas de políticos da época, conforme abaixo se indica - políticos na sua grande maioria já falecidos, pois o tempo não perdoa e isto foi há 41 anos!...

Entre os meninos que têem brôas (regeneradores): Fontes, Serpa Pimentel, Lobo Vaz, Arrobas, Andrade Corvo, Hintze Ribeiro, conde de Burnay, general Macedo (o Macedindo da Gurad Municipal), Cunha Belém, Luciano Cordeiro, etc.

Entre os meninos que não têem brôas (progressistas): Braamcampo, José Luciano, Mariano de Carvalho, Barros e Sá, prior da lapa, Marquez de Valada, José Dias Ferreira, visconde de Gandarinha, bispo de Viseu, Sá Carneiro, etc., etc., etc."


[Ilustração Portuguesa, Natal de 1922, N.º 879 - 2.ª Série - 23 de Dezembro de 1922. Página não numerada.]

130.ª Página Caldense

ESTREMADURA

RAFAEL BORDALO PINHEIRO
Oleiro e Barrista
(Ceramista)


“Rafael Bordalo Pinheiro era um temperamento plástico. Amoldava-se à forma, ao pensamento e ao ritmo. Manifestava-se largamente em superfície, em perspectiva e em volume. Foi desenhador, pintor, ceramista decorador e escultor barrista.

Fundamentalmente era poeta do traço ou imaginário da linha, que define e contorça, dando vida às coisas e às pessoas. Não o senhor estático e saudosamente contemplativo das formas. Mas o espírito em acção constante, para restituir vida ao que a perdeu, e dar vida ao que nunca a teve. O desenho, quando é desenho, e o anima um pensamento em acção e movimento, pode transformar-se em graça, no chiste, na hilaridade, na ironia, no sarcasmo, no “humorismo”, rir e fazer rir, sem deixar de ser desenho, sem deixar de ser arte, e sem deixar de ser caricatura. Creio mesmo que, para ser caricaturista, – ou humorista plástico, se o preferirem, – não é preciso abandonar o desenho, nem deformar até ao horror, por meio dele, a natureza, o altíssimo dom divino da graça natural.

Era o condão de Bordalo: sem criar o horror das formas naturais, dar-nos a graça ou a ironia dos homens, das atitudes, dos acontecimentos.”[...] [Pág. 43 a 48]

Luis Chaves


[Luís Chaves, Rafael Bordalo Pinheiro, Oleiro e Barrista, Ceramista, in: Estremadura, Boletim da Junta de Província, Série II, Número XI, Janeiro / Fevereiro / Março / Abril, 1946]

domingo, 26 de agosto de 2007

sábado, 25 de agosto de 2007

129.ª Página Caldense

ALMANAQUE DE CARICATURAS PARA 1874
RAFAEL BORDALO PINHEIRO

[Pág. 16 e 17]

[Typographia Editora de Mattos Moreira & Companhia. Praça D. Pedro n.º 67, Lisboa. Data de Edição 1873. Capa a cores. Preço 240 Reis. Dimensão: 14,50 x 20,80 cms. 64 Páginas numeradas + Capas.]

Amizades Cúmplices

"Que luz é esta que ilumina o Mestre?
A Festa ao longe chega-lhe de forma nostálgica.
A minha admiração pela tua admiração e a minha amizade."
Margarida
[mensagem recebida por email numa manhã de sábado...Margarida Araújo]

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

128.ª Página Caldense


ESTREMADURA
"A PROPÓSITO DA PRIMITIVA
LOUÇA DAS CALDAS
achegas para o esclarecimento dum protlema ceramológico"

[...]"Sabemos que a organização das nossas olarias quinhentistas era decalcada em moldes patriarcais, adentro da oficina caseira. Com o dono - o mestre - residiam: os oficiais, forneiros e demais criados solteiros. A casa era ao mesmo tempo oficina e tenda, sem que lhe faltasse anexo, no quintal, o forno de cozer a louça. Não eram raras as olarias com um ou dois almocreves ao serviço de carreto de materiais, dos barreiros próximos, e transporte das palenganas, às feiras de mais nomeada, a que o mestre não deixava de concorrer."[...] [Págs. 383 a 391]

Russell Cortez

[Estremadura - Boletim da Junta de Província. Série II . Número 10. Setembro / Outubro / Novembro / Dezembro. 1945. Director: Carlos Botelho Moniz.]

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O Gato e o Escuro


O GATO E O ESCURO
MIA COUTO
Ilustrações DANUTA WOJCIECHOWSKA



[..]"Porque o Pintalgato chegava ao ponte e espreitava o lado de lá.
Namoriscando o proibido, seus olhos pirilampiscavam."[...]


[O Gato e o Escuro. Mia Couto. Ilustrações de Danuta Wojciechowska. Editorial Caminho. 1.ª edição, Outubro de 2001. ISBN 972-21-1515-8]

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O autógrafo de Fernando Assis Pacheco

WILT (ou o frio e o quente)
FERNANDO ASSIS PACHECO

[Livraria Bertrand. Colecção Autores de Língua Portuguesa. 2.ª Edição, 1978. ]

La Vie Politique

LA VIE POLITIQUE DE DAUMIER À NOS JOURS
"...l'un des plus grands dessinateurs de presse de notre temps..."

[Sous la Direction de Noelle Lenoir. Préface de René Rémond. Somogy Editions d'Art. 2005. ISBN 2-85056-719-1]

terça-feira, 21 de agosto de 2007

127.ª Página Caldense

VÁRIA ESCRITA
"BORDALANDO COM O ANTÓNIO MARIA EM SINTRA"


"Incorrígivel. Implacável. Provocador. Demolidor. Ferino. Republicano. Artilheiro contumaz e mortífero dos Bragança constitucionais e da Monarquia. Fuzilador de um regime que se fundava como uma barcaça bojuda em que as águas, mesmo as das ondas mais calmas, corriam de estibordo para bombordo e logo depois de bombordo para estibordo, encharcando os pés dos tripulantes, subindo-lhes pelas canelas, afogando-os palavra a palavra, desenho a desenho." [...]
Vitor Wladimiro Ferreira


[Vária Escrita, Cadernos de Estudos Arquivísticos, Históricos e Documentais - Separata n.º 12 . 2005. Sintra - Câmara Municipal.]

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

126ª Página Caldense


BORDALO N' BERLINDA

[Mostra Documental - 13 de Outubro de 2005 a 7 de Janeiro de 2006. Edição: Biblioteca Nacional. Organização e pesquisa: João Paulo Cotrim / Manuela Rêgo. Tiragem: 750 Exemplares. Data de Edição: Setembro de 2005. ISBN 972-565-405-6]

sábado, 18 de agosto de 2007

125.ª Página Caldense


LISBOA LIVRO DE BORDO
Vozes, Olhares, Memorações
JOSÉ CARDOSO PIRES


[...]Faz parte dos animais campestres que Bordalo recuperou para a devoração duma burguesia urbana ainda carregada de romantismo rural.

Bichos simples todos eles, e todos reproduzidos numa exactidão deliciada: a lagartixa ladina, o gafanhoto pinchão, o gaio, a abelha trabalhadeira, o porco das muitas iguarias, o peru, a galinha de poleiro. Depois vêm os peixes e os mariscos da burguesia de mesa farta e guardanapo ao pescoço, desde o modestíssimo caranguejo à sumptuosa lagosta ou ao bacalhau popular, tudo isto a conferir prazer e nostalgia a uma sociedade repousada. Não falta sequer, pendurado na parede, um abano de atear o lume, elegido em peça de arte como um divertimento um sorriso."[...] [Pág. 39 / 40]

[Publicações Dom Quixote, Biblioteca de Bolso Literatura n.º 24. 6.ª edição (1.ª Edição de Bolso), Julho de 2001. ISBN 972-20-2046-3]

124.ª Página Caldense

LISBOA LIVRO DE BORDO
Vozes, Olhares, Memorações
JOSÉ CARDOSO PIRES


"Outros Bichos, outras Lisboas"

"Rafael Bordalo Pinheiro veio à luz na Rua da Fé e aposto que desde o berço teve sempre um gato a fazer-lhe companhia. Um gato burguês necessariamente.Um dos muitos que ele deixou por todo o lado, a começar no da caricatura de si próprio e a acabar nos das peças de cerâmica que o tornaram genial. Gatos em barro de esmalte colorido:um, assanhado, em cima de uma tampa dum bule, outro, pachorrento, a servir de escarrador, outros a espreitarem do fundo de um prato decorativo ou a repetirem-se em relevos dum friso de salão.

E de repente salta uma rã. Não é da de espantar porque a rã é uma das personagens mais estimadas do Mestre. Mas surpreende pelo atrevimento com que se apresenta: podemos vê-la a fumar charutos os painéis da Tabacaria do Rossio, que era uma das capelinhas dos intelectuais do fim do século com o Herculano à cabeça, e se quisermos em bibelot, em objecto de usos doméstico ou em relevo vidrado é parte só estarmos atentos que ela não tarda a aparecer."[...] [Pág. 54]

[Expo'98 / Publicações Dom Quixote. Edição encadernada a pano. Sem indicação de data de edição (1997 ?) ISBN 972-20-1422-6 - Exemplar com dedicatória do autor assinada em Frankfurt, no ano em que Portugal foi o país convidado. ]

123.ªPágina Caldense

ASSISTÊNCIA, MEDICINA E SOCIEDADE:
O HOSPITAL DE NOSSA SENHORA DO PÓPULO
FUNDADO EM 1485 NAS CALDAS DE ÓBIDOS E SUA EVOLUÇÃO
JOÃO B. SERRA


[Separata do Livro Actas do Congresso Comemorativo do v Centenário do Hospital do Espírito Santo de Évora. 1996.]

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

122.ª Página Caldense










O SORRISO DO GATO
Florence Patté

[Exposição de Azulejos - Realizada no Museu da Cerâmica de 12 a 30 de Julho de 2oo1]

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Convite ao Descanso num Dia Feriado

Parque das Merendas - Mata
Caldas da Rainha
Colecção Passaporte

121.ª Página Caldense

DO OUTRO LADO
Cançoneta Cómica
RAFAEL BORDALO PINHEIRO


Págs. 4 e 5


"Indo ao saco do alferes, n'um bonde,
Encontrei-me com dama elegante
Que o pésinho gentil me esconde
E depois do pésinho... adiante...


E quando eu, n'um momento opportuno,
Mais pra dama me tinha chegado,
Emplamava-me a bolsa um gatuno
Do outro lado!"

Alfredo de Moraes Pinto


[Texto de: Alfredo de Moraes Pinto (Pan-Tarantula). Ilustrações de Rafael Bordalo Pinheiro. Editor: Tavares Cardoso & Irmão - Largo do Camões, 5 e 6 - Lisboa. 1.ª Edição, 1885. 16 Páginas numeradas + capas. Dimensão: 12,00 x 18,50 cms.]

terça-feira, 14 de agosto de 2007

120.ª Página Caldense.

OCIDENTE
VOL XIX - 1943 - N.º 60

A RAINHA D. LEONOR

(Relatório Médico do Dr. Júlio Dantas)

"Os meus estudos ulteriores, apresentados à Academia e, mais tarde, confirmados pelos trabalhos de Ricardo Jorge e de D. António de Lencatre, estudos que fazem parte do meu novo livro, já no prelo, A morte dos reis de Portugal, levaram-me à convicção de que D. João II sucumbiu, não à acção do veneno, mas a um ataque de urémia, e de que todas as suspeitas, que podem macular a nobre figura da Rainha, eram absolutamente infundadas.

Agora, que vai celebrar-se o centenário da excelsa princesa, é bom recordar as injustiças de que ela foi vítima, e que, afinal, não fizeram senão contribuir para que a memória das suas virtudes ainda mais resplandeça."

Outubro, 1925 - (Do In Memoriam)
Júlio Dantas

[Ocidente, Revista Portuguesa Mensal, Abril, Vol. XIX. 1943. N.º 60. Director, Proprietário e Editor: Álvaro Pinto. Pág. 416]

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A melancolia de um fim de tarde...


CALDAS DA RAINHA - PRAÇA DA REPÚBLICA
(Praça da Fruta)

119.ª Página Caldense

OS GALEGOS E OUTRAS HISTÓRIAS
RAFAEL BORDALO PINHEIRO


[Prefácio de Carlos Consiglieri. Vega. Colecção Arte / Ilustradores. 2.ª Edição ampliada, 1994. ISBN 972-699-279-6]

domingo, 12 de agosto de 2007

100 anos de Torga - 12 de Agosto


PORTUGAL
MIGUEL TORGA

[...]Todas as condições, como se vê, para que outro apogeu da nossa cultura surgisse das margas onde ela afinal tem as raízes. Uma vez que o melhor da força criadora nacional está concentrado nesse pequeno reduto de que as serras de Aire, Candeeiros e Montejunto são ameias, nada de mais sensato do que tentar reverdecê-la aí. Granjeada de novo naquelas colinas suaves e calmas, talvez brotasse com o alento por que todos suspiram. Não é às lousas do xisto ou à aspereza das urgueiras que se hão-de pedir filigranas góticas e versos bucólicos. Nos sítios onde a natureza não quer, nem as calhandras cantam. O talento é preciso, mas é preciso também que o meio ajude. Que sustente o artista e lhe dê pedra capaz, barro moldável, madeira propícia, e lhe não tolha as mãos de frio, se ele escreve ou pinta. O faro, de resto, nunca enganou a fauna dos que em Portugal vivem condenados à inglória penitência da beleza. Porque sabem que é ali o clima ideal do seu trabalho, eles próprios consideram sempre a Estremadura como chão dos seus pés. Sem falar no Rodrigues Lobo, no Malhoa e no Lopes Vieira, que, por sorte, nasceram na região, é um Frei Agostinho da Cruz que se refugia na Arrábida, um Bordalo que deixa Lisboa e assenta arraiais nas Caldas, um Eça que, embora fugidiamente, se instala em Leiria, uma Josefa de Óbidos que procura a terra do pai, um Guilherme Filipe que se demora na Nazaré - fora os muitos e muitos que desejariam ficar, mas a quem a vida apenas consente curtas visitas de tonificação."

Centenário de Miguel Torga- O escritor nasceu a 12 de Agosto de 1907.

[Miguel Torga, Portugal - Publicações Dom Quixote, 7.ª Edição (1.ª na Dom Quixote), Junho de 2007. ISBN 978-972-20-3370-1]

sábado, 11 de agosto de 2007

118.ª Página Caldense

ESTREMADURA
1943 - SÉRIE II - N.º III


"RAFAEL BORDALO PINHEIRO E OS SALOIOS"

[...]"Foi numa alegre e movimentada burricada em Cacilhas que Rafael Bordalo conheceu a Senhora que depois foi sua Esposa. Porém surgiu uma perigosissima e traiçoeira barreira a opor-se tenazmente ao que os dois enamorados supunham ser a suprema felicidade. A Sogra! Se os dois apaixonados se amavam com intensidade, igualmente era intensa a oposição que a futura sogra fazia à desejada união. Sim, porque aquela boa Senhora repugnava dar a filha a um "boémio", um "valdevinos", um "ponta monos" sem futuro, pois nem sequer amanuense era!

E para se opor a que a paixão nascente aumentasse, a pouco sensata senhora exerceu tal vigilância que acabou por fechar a cadeado as janela da casa onde habitavam, para assim impedir a filha de ver o apaixonado Rafael."[...] [Pág. 319 a 324]

Julieta Ferrão

[Estremadura - Boletim da Junta de Província. Publicação Trimestral. Director: Carlos Botelho Moniz. Julho / Agosto / Stembro - 1943 - Série II - Número III]

Elogio do Livro


ELOGIO DO LIVRO
ROMANO GUARDINI

"Estareis agora de acordo, meus amigos, para que eu interceda a favor dos livros, e espero que estas minhas palavras não vos soem a maçadoria pedante. É que eles necessitam deste empenho, pois nem sempre - quase só apetecia dizer: só muito raramente estão em boas mãos.

Como se deve, portanto, tratar um livro, quando se gosta dele?"[Pág. 33]

[Título original. Lob des Buches. Grifo - Editores e Livreiros Lda. 1.ª Edição: 1994. ISBN 972-8178-00-0]

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

117.ª Página Caldense

A EXTREMADURA PORTUGUESA
ALBERTO PIMENTEL


XXIII

Caldas da Rainha


[...]"Antigamente era longa e fatigante a jornada para as Caldas, por maiores que fossem os recursos pecuniários dos seus frequentadores, entre os quais el-rei D. João V que treze vezes ali foi, ansioso de recobrar a saúde que tinha malbaratado.

Hoje, de Lisboa às Caldas da Rainha são, pela linha do este, viagem directa, apenas 109 kilómetros de caminho de ferro.
[...]
Mas D. João V foi treze vezes às Caldas em procura de saúde, que outros, mais felizes, ali tinham encontrado, D. João IV por exemplo, e que ele não encontrou.

Em 1747, por ocasião da undécima jornada, encarregou o brigadeiro Manuel da Maia de refundir imediatamente o hospital e a igreja.

Abriram-se minas, fizeram-se fontes, tanques, um aqueduto, cadeia, e novos paços do concelho, com relógio e sineira, que foram levantados na Praça – actual.

Dentro de três anos, à força de dinheiro, concluíram-se todas estas obras.

D. João V tinha presa de ver medrar a construção a que ligava o seu nome e que era hiperbolicamente aplaudida por quantos frades e freiras enxameavam em torno das termas das Caldas da Rainha.

As freiras deram ali brado. Em 1644 um fidalgo aventuroso, de parceria com quatro amigos igualmente audazes, tentara por fogo ao hospital para na confusão do incêndio raptar uma freira. Em 1651, D. João IV, escandalizado com as mundaneidades das freiras, ordenou que elas não fossem admitidas a tratamento. Em 1653, os abusos freiráticos não tinham diminuído, apesar daquela proibição, e o rei teve de renová-la. Mas os empenhos e rogos foram tais, que no mesmo ano D. João IV deu alguma elasticidade à proibição tolerando que várias religiosas fossem tratar-se nas Caldas.

Veio D. João V, vieram as muitas jornadas que este rei ali fez, e as freiras gozaram plena liberdade.

Pudera! O rei estava com a sua gente, e as freiras estavam com o seu rei… conquanto ele já não pudesse com uma gata pelo… manto real."

[Portugal Pittoresco e Illustrado - II - A Extremadura Portuguesa (Segunda Parte) - Região dos saloios e as suas zonas / As portas da Capital. Cidade de Lisboa. Entre Belem e Cascaes / da Outra Banda à enseda de Sines / Districto de Leiria. Empreza da História de Portugal, Sociedade Editora - Lisboa . Livraria Moderna, Rua Augusta 95, Lisboa - Typographia Rua Ivens, 45 -MDCCCCVIII.]

Ao Joaquim Saloio o meu agradecimento por mais esta partilha de informação.

Um Olhar Enigmático

Palácio Fronteira - jardim, azulejos do século XVII - Lisboa
Foto Nicolas Sapieha (postal, edição de "O telescópio de Galileu")

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

116.ª Página Caldense


PANORAMA

"Ramalho Ortigão e as Caldas da Rainha"

"A Ramalho Ortigão - o "precursor do turismo" - deve Caldas da Rainha o descritivo admirável dos seus encantos paisagísticos; a evocação enternecida dos seus arredores: - «... nada vi jamais para lhe antepor, como tranquila, risonha, e pacífica expressão da natureza rústica e da vida rural»; o estudo da sua graciosa indústria; a legenda de inventariação artística e literária dos monumentos, em redor; o sedutor enlêvo romântico da sua crónica da época calmosa. «Acentuadamente sanguíneo, grossamente musculoso, antigo passarinheiro, caçador de coelhos e pescador de trutas na sussurrante espessura dos pinhais e na desnevada corrente dos rios», as Caldas foram, anos e anos, a atracção predilecta do seu temperamento de excursionista incorrígivel." [Pág. 13 a 15]
Luiz Teixeira

[Panorama - Revista Portuguesa de Arte e Turismo - Publicação Mensal do Secretariado da Propaganda Nacional - Nr.º 7 - Ano 1 - Vol. 2 - 1942]

115.ª Página Caldense

FAIANÇA ARTISTICA DAS CALDAS DA RAINHA
5.ª EXPOSIÇÃO DE MODELOS DE M. GUSTAVO BORDALlO PINHEIRO


[Data de edição: 1913. Fábrica Bordallo Pinheiro "San Rafael" - Impressão: Imp. Libanio da Silva, Lisboa]

Grande espreguiçadela ....

RAFAEL BORDALO PINHEIRO
Pontos nos ii, 6 de Agosto de 1885

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

114.ª Página Caldense

SCENAS DE LISBOA
D. THOMAZ DE MELO

Capa desenhada por RBP (assinatura a vermelho no canto inferior esquerdo).


Ilustração (extratexto) de Rafael Bordalo Pinheiro.

[Biblioteca sem Nome. Tipographia Lisbonnense - Largo de S. Roque, 7 - Lisboa. Data de Edição: 1874. Preço: 600 réis.]

terça-feira, 7 de agosto de 2007

113.ª Página Caldense

BANQUETE EM HOMENAGEM A RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO

Promovido pela Associação dos Jornalistas de Lisboa
Lisboa - 6 de Junho de 1903

O meu reconhecimento à Senhora Dª. Maria Fernanda Batalha que generosamente me ofereceu esta bela peça bordaliana.

A Bicharada

O Uivo

A Banana do Macaco

Pronto para o Forno



A fuga das Sardaniscas

A Gata Branca

O Descanso

[Peças de cerâmica da fábrica Bordalo Pinheiro em vários estádios de fabrico. 2007. ]