"Mandou-me gentilmente do Porto o sr. Rollando Van Zeller a reprodução de um esboço do pelurinho das Caldas da Rainha, encontrado em apontamentos de viagem realizada em 1834 por pessoa da sua família.
Constitui prova da existência do momumento nessa data; testemunha-o tal desenho"
Vitimou este pelourinho, como aconteceu aos outros, a incompreensão do que significava na história local; e, mais que isso, abateu-o a fúria dos vencedores, como sempre iconoclastras dos elementos representativos da passado histórico, vencido.
De ser desenhado ficado em memorando pessoal, tenhamos certeza maior da fidelidade. Assim, o pelourinho sumaria-lo-ei: modelo quinhentistas, de fuste dividido em dois troços pelo vulto da moldura média; cilindrico, canelado, de arestas espiraladas, discordantes entre si nos dois troços da coluna, à direita no inferior, à esquerda no superior; nas cavas das caneluras, alternam florões, botões ou besantes, a exemplo dos da batalha, Colares, Melo, Sintra, etc.; o fuste rompe de base alótica, sobre quadro degraus quadrados; remate de modelo cónico de "pinha" composta de folhagem enrolada, como nos da Ericeira, Sintra, etc.; no alto fica a grimpa simples, de ferro, com bandeirola e cruz."
Por nota complementar de pitoresco, estão junto do pelourinho dois populares, mulher e homem, com trajes rurais da época." [Pág. 62 e 63]
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