N.º 3 - 1932
Director e Editor: J. Fernandes dos Santos
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"Estende-se a cidade das Caldas da Rainha pela encosta suave da elevação que, começando pelas alturas das Gaeiras, vai terminar em frente de Tornada. Avança na direcção do poente, procurando cada vez mais abrigar-se assim dos desagradáveis ventos de leste.
Em compensação, é batida pelos que sopram do lado do mar - de verão brisas agradabilíssimas e mesmo de inverno sempre saudáveis.
A parte mais importante da cidade está a 66 metros de altitude. O mar fica-lhe a menos de duas léguas de distância. Segundo os dados determinados pelo observatório local, no verão as temperaturas oscilam entre 18.º e 20.º às 21 horas. As médias das temperaturas anuais é de 18,5.º para a máxima e de 11.º para a mínima. Raros são os dias em que a temperatura atinge 35.º, mesmo nos estios mais ardentes, ou 0.º quando os invernos são rigorosos. Durante os três meses de veraneio - Julho, Agosto e Setembro - só se tem registado a média de 12 dias de chuva. A humidade oscila entre 62% e 79% às 9 horas, 56,6% e 74,2% às 15 horas e 83% e 84% às 21 horas, nos citados meses de verão.
São portanto, as Caldas da Rainha a terra que melhor conjunto de requisitos possui para nela se passar a época calmosa. E assim se explica que pessoas que a conheceram em novas mantenham por ela em velhas o mesmo culto, vindo todos os anos gozar do seu clima excepcional." [...]
[Ilustração da capa assinada por Leonel Cardoso. Contém publicidade. Impresso a azul. Composto e Impresso na Tipografia Caldense. Dimensão: 21,40 x 27,50 cms.]
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