[Ilustração de Susana Monteiro que acompanha a crónica de António Lobo Antunes, publicada na Visão de 19 de Fevereiro de 2009]
Folhas numa mão aberta ...
Há dois dias atrás, António Lobo Antunes concedeu uma grande entrevista ao Diário de Notícias.
Hoje, quinta feira a revista Visão publicou mais uma crónica sua.
O escritor anunciou que vai escrever mais dois livros e depois remete-se à solidão de uma escrita não partilhada.
Quando António Lobo Antunes nos permite um olhar fugidio à sua intimidade, surpreende-nos; confessa-nos o fim de um ciclo, que se completa quando tudo o que tinha que escrever já considera tê-lo feito.
Tive o privilégio de ter sido anfitriã de António Lobo Antunes, por cinco vezes.
Confesso o meu fascínio pela sua escrita, apesar de não deixar de sentir que ele brinca comigo, como o gato joga com o rato. Diverte-se (o escritor) a provocar-me (a sua leitora), com as palavras, as personagens, as armadilhas feitas de frases… Percebeste-me? Compreendeste-me? Então, acompanhas-me ou não?...Desistes? …
E lá vou eu, como que encantada, numa leitura feita de ternuras, de sentimentos fortes, de personagens que extravasam dos páginas dos livros e que me acompanham na vida.
As suas frases, por vezes inacabadas… O seu sorriso meigamente irónico… Os seus silêncios…
... Já sinto a nostalgia, por saber que daqui a pouco tempo já não terei mais um livro em que ele me escreva: Para a Isabel com amor …António
Folhas numa mão aberta ...
Há dois dias atrás, António Lobo Antunes concedeu uma grande entrevista ao Diário de Notícias.
Hoje, quinta feira a revista Visão publicou mais uma crónica sua.
O escritor anunciou que vai escrever mais dois livros e depois remete-se à solidão de uma escrita não partilhada.
Quando António Lobo Antunes nos permite um olhar fugidio à sua intimidade, surpreende-nos; confessa-nos o fim de um ciclo, que se completa quando tudo o que tinha que escrever já considera tê-lo feito.
Tive o privilégio de ter sido anfitriã de António Lobo Antunes, por cinco vezes.
Confesso o meu fascínio pela sua escrita, apesar de não deixar de sentir que ele brinca comigo, como o gato joga com o rato. Diverte-se (o escritor) a provocar-me (a sua leitora), com as palavras, as personagens, as armadilhas feitas de frases… Percebeste-me? Compreendeste-me? Então, acompanhas-me ou não?...Desistes? …
E lá vou eu, como que encantada, numa leitura feita de ternuras, de sentimentos fortes, de personagens que extravasam dos páginas dos livros e que me acompanham na vida.
As suas frases, por vezes inacabadas… O seu sorriso meigamente irónico… Os seus silêncios…
... Já sinto a nostalgia, por saber que daqui a pouco tempo já não terei mais um livro em que ele me escreva: Para a Isabel com amor …António
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