FRANCISCO DE ALMEIDA GRANDELA
"O Josué era o homem indispensável e tão indispensável que ainda não foi substituído.
Quem se aproximava do Josué, o Josué das feiras, não deixava de ser seu amigo. Sempre amável, sempre serviçal e dedicado, como nenhum outro.
Era o sustentáculo da Sociedade!
Para ele as dificuldades não existiam.
- Josué... Temos jantarada grande para sexta feira... É a iniciação do grande Rafael Bordalo Pinheiro e desejamos festança rija... Flores no této (sic) da casa de jantar. Papéis de seda que sustentem folhas de rosas e que puxando-se por cordelinhos, possam cair sobre a cabeça do homenageado... Muitas flores, surpresas...
Na dita sexta-feira, a sala dos Makavenkos estava feéricamente engalanada. Muitas lampadasinhas iluminavam e adornavam o festim e um sem número de damas abrilhantavam, conjuntamente com os cristais e belas iguarias, a mesa piramidalmente enfeitada.
Um festim digno de César!
Na Roma antiga não se faria melhor e com mais alegria!...
Ia-se festejar o primeiro artista contemporâneo, o grande caricaturista, o reformador da cerâmica das Caldas, o jovial e agradável Rafael Bordalo, que tantas simpatias tinha nos Makavenkos, como igualmente as tinha em todo o país." [...][Pág. 58 e 59]
[Memórias e Receitas Culinárias dos Makavenkos. Autor: Francisco de Almeida Grandela. Marginália Editora. Lisboa. 1994. Tiragem: 3000 Exemplares. Edição Facsimilada da Edição de 1919. Apoios: Museu da República e Resistência / Tendinha da Atalaia / Tecnemprensa - Contabilidade, Salários, Fiscalidade, Lda.]
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