Cavacos das Caldas
CAVACOS DAS CALDAS II

DICIONÁRIO GRÁFICO BORDALIANO

alguns livros, cerâmicas, belos gatos e algo mais...



sexta-feira, 27 de julho de 2007

102.ª Página Caldense

CALDAS DA RAINHA
UM PLANO DE EXTENSÃO DE REGULARIZAÇÃO E DE EMBELEZAMENTO DA CIDADE
PELO ARQUITECTO PAULINO MONTEZ

[...]

Nos terrenos húmidos e habitados onde, há pouco mais de quatro séculos, apenas existiam uns olhos de água milagrosa, e os casebres arruinados de algum balneário primitivo - ergue-se agora uma das mais frequentadas estâncias portuguesas do seu género.

Na sua rápida e progressiva evolução, a urbe riscara-se ao acaso ou, quando muito, ao sabor de rudimentares necessárias dos habitantes.

Do lançamento fortuito e acanhado das vias de maior circulação, do aspecto insulso de muitos edifícios, resultara uma povoação pouca expressiva.

Sem largas artérias que lhe desafoguem a circulação, sem arranjos notáveis que a embelezem, como estância de cura e de repouso, sem edifícios apropriados que acomodem satisfatoriamente os edifícios públicos, a cidade, nos seus aspectos, não corresponde bem à actividade comercial dos seus habitadores permanentes, nem à simpatia dos visitantes e banhistas de todas as categorias sociais que às termas se acolhem.
























O caminho de ferro deu às Caldas da Rainha uma situação de privilégio, relativamente a algumas povoações vizinhas que, num raio de 30 quilómetros, daquele centro ficaram comercialmente dependentes.

Mas, qualquer que seja a importância comercial proveniente dessa situação, a cidade deverá viver, fundamentalmente, da riqueza das suas termas, valorizadas pela frescura do clima e pelo interesse turístico da região de que se fez centro principal.

São estas condições de vida que melhor esclarecem as aspirações locais, e que devem orientar, portanto o Plano de Urbanização da cidade." [Pág. 11 e 12]

[Estudos de Urbanismo em Portugal 3 - Data de Edição: 1941. 30 Páginas numeradas + Capas. Composição e Impressão: Soc. Ind. de Tipografia, Lda - Rua Almirante Pessanha, 3-5 - Ao Carmo - Lisboa.]

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