Dona Maria Isabel Castanheira - tenho aqui à m/ frente o Gil Vicente. Não é o do Pranto da Maria Parda, essa bêbada. Mas o gato da Loja 107 em foto, ao colo da Hélia Correia.
E aí está! - vou mandar-lhe daqui a dias, talvez ainda esta semana, um exemplar de Villa Celeste, uma edição minha. A Hélia falou-me na sua livraria, para um lançamento caldense. Já não sei onde fica a sua casa. Não é do meu tempo caldense, que vai de 1927 a 1968, + ou -. Morei na General Queiroz, na Bordallo Pinheiro, junto do Parque e na Estrada do Coto (?), casa dos Badejas. Nos anos 60 havia uma livraria na rua das Montras (o rapaz morreu, doença do coração) aí em 1966, 67. E uma livraria na Praça, que passou para a FRAMI (o - um dos, o Rogério - Caiado até é meu compadre).
Seja como for. Pela confiança que a Hélia Correia demonstrou com o Gil Vicente, creio que lhe será grato (além do mais) receber o livro e cooperar no lançamento. A Hélia disparou para o estrangeiro, em férias pascais, eu ainda não lhe disse nada, aqui fica o meu pedido. Mais: tenho nas Caldas umas dezenas de amigos. Um tinha. Morreram dois: o dr. António e o irmão, o dr. Custódio Maldonado Freitas (ainda conheci o velho Freitas, que me dava injecções de cálcio Sandoz no rabo).
A minha editora, Contraponto, vive de assinantes por todo o País. Apenas ponho (e poucos) livros em meia dúzia de livrarias (Lx, Coimbra, Porto).
E estou num LAR DE IDOSOS e sem forças para ir combater no Kosovo... Mas queria que o bonito livro da Hélia chegasse ao maior número possível de leitores. Ela (apenas a vi, aqui, e foi quando ela alvitrava o lançamento aí) pareceu-me tímida, acanhada, com exagerados escrúpulos de julgarem que se está a impingir. Isto é: de se parecer com algumas damas literatas (catatuas, lhes chamo) que se pavoneiam por todo o lado e estão em todas (a Dona Lídia Jorge por ex.). Não será o caso, mas há um mínimo de esforços a fazer para quebrar aquela barreira de silêncio que se instala por inércia nossa.
Os meus cumprimentos."
Luiz Pacheco
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