As boas vindas às Caldas da Rainha e ao Centro Cultural e de Congressos
A mesa e o discurso do Sr. Presidente da Câmara
A entrega pelo Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, da Madalha de Ouro da Cidade ao Escritor António Lobo Antunes
Escritor medalhado
Escritor medalhado
As andorinhas bordalianas: Partem, mas regressam todos os anos
As prendas: o lagarto, as andorinhas e o Zé Povinho
Zé Povinho no seu devido lugar
A fila para os autógrafos
Os autógrafos
Muito boa noite a todos.
Neste quase final de ano de 2008, em que a Loja 107 realiza, em colaboração com o CCC, este último Café Literário, permitam-me que as minhas primeiras palavras se dirijam à Direcção do Centro Cultural e de Congressos.
Em primeiro lugar para agradecer, publicamente, todo o apoio recebido sempre que me propus organizar ou dinamizar eventos relacionados com o livro e a sua divulgação; em seguida, para exprimir a minha gratidão pela confiança demonstrada na capacidade de concretização das várias actividades realizadas; por fim para manifestar os meus votos, o meu desejo, de que este modelo de colaboração, ou um outro, quem sabe, possa continuar a dar bons frutos em anos futuros.
À Direcção do CCC, o meu muito e muito obrigada.
Não posso ainda, nesta ocasião, deixar de referir um amigo de longa data, o Zé Francisco Feição, das Publicações Dom Quixote, pois sem a sua intervenção, uma noite como esta nunca teria sido possível. Zé Francisco, para si, um forte abraço.
Quanto a todos os que optaram por passar mais este serão na nossa companhia, não quero deixar de aproveitar a oportunidade de vos desejar Boas Festas e um Feliz Natal, e de fazer votos para que nos seja possível ultrapassar os tempos difíceis e duros que nos esperam.
Esta é uma noite muito, mas muito especial.
Somos os anfitriões – pela quinta vez – do escritor António Lobo Antunes.
Seja-me pois permitida a imodéstia de sublinhar que este facto é, sem sombra de dúvida, o elemento que mais valoriza o meu curriculum livreiro.
Escritor fascinante, senhor de um trabalho ímpar de destreza escrita, detentor de uma personalidade vincadamente literária, autor de mais de 20 livros, galardoado com um sem número de prémios e distinções universais de carácter cultural, António Lobo Antunes dá-nos hoje, uma vez mais, a satisfação de podermos contar com a sua presença.
Não vos vou falar da obra do escritor: falta-me, para tanto, o conhecimento e também «o engenho e a arte».
Sobra-me contudo o direito de falar e de sentir o autor da obra.
E, mesmo a propósito, vem-me à lembrança Daniel Pennac que, no seu livro “Como um Romance”, define os 10 princípios que designa como os direitos de quem lê.
Permitam-me então que vos relembre "Os Direitos Inalienáveis do Leitor":
1.º – O direito de não ler;
2.º - O direito de saltar páginas;
3.º - O direito de não acabar um livro;
4.º - O direito de reler;
5.º - O direito de ler não importa o quê;
6.º - O direito de amar os heróis dos romances;
7.º - O direito de ler não importa aonde;
8.º - O direito de saltar de livro em livro;
9.º - O direito de ler em voz alta;
10.º - O direito de não falar do que se leu.
E agora, permitam-me ainda que acrescente eu própria, mais um, que a partir deste momento se torna também universal:
Décimo primeiro artigo dos "Direitos Inalienáveis do Leitor":
- O direito de uma livreira expressar publicamente o seu amor pela obra de um grande escritor, quando esse escritor se chama António Lobo Antunes.
Muito obrigada.
Isabel Castanheira, Livreira
Caldas da Rainha, 12 de Dezembro de 2008
Muito boa noite a todos.
Neste quase final de ano de 2008, em que a Loja 107 realiza, em colaboração com o CCC, este último Café Literário, permitam-me que as minhas primeiras palavras se dirijam à Direcção do Centro Cultural e de Congressos.
Em primeiro lugar para agradecer, publicamente, todo o apoio recebido sempre que me propus organizar ou dinamizar eventos relacionados com o livro e a sua divulgação; em seguida, para exprimir a minha gratidão pela confiança demonstrada na capacidade de concretização das várias actividades realizadas; por fim para manifestar os meus votos, o meu desejo, de que este modelo de colaboração, ou um outro, quem sabe, possa continuar a dar bons frutos em anos futuros.
À Direcção do CCC, o meu muito e muito obrigada.
Não posso ainda, nesta ocasião, deixar de referir um amigo de longa data, o Zé Francisco Feição, das Publicações Dom Quixote, pois sem a sua intervenção, uma noite como esta nunca teria sido possível. Zé Francisco, para si, um forte abraço.
Quanto a todos os que optaram por passar mais este serão na nossa companhia, não quero deixar de aproveitar a oportunidade de vos desejar Boas Festas e um Feliz Natal, e de fazer votos para que nos seja possível ultrapassar os tempos difíceis e duros que nos esperam.
Esta é uma noite muito, mas muito especial.
Somos os anfitriões – pela quinta vez – do escritor António Lobo Antunes.
Seja-me pois permitida a imodéstia de sublinhar que este facto é, sem sombra de dúvida, o elemento que mais valoriza o meu curriculum livreiro.
Escritor fascinante, senhor de um trabalho ímpar de destreza escrita, detentor de uma personalidade vincadamente literária, autor de mais de 20 livros, galardoado com um sem número de prémios e distinções universais de carácter cultural, António Lobo Antunes dá-nos hoje, uma vez mais, a satisfação de podermos contar com a sua presença.
Não vos vou falar da obra do escritor: falta-me, para tanto, o conhecimento e também «o engenho e a arte».
Sobra-me contudo o direito de falar e de sentir o autor da obra.
E, mesmo a propósito, vem-me à lembrança Daniel Pennac que, no seu livro “Como um Romance”, define os 10 princípios que designa como os direitos de quem lê.
Permitam-me então que vos relembre "Os Direitos Inalienáveis do Leitor":
1.º – O direito de não ler;
2.º - O direito de saltar páginas;
3.º - O direito de não acabar um livro;
4.º - O direito de reler;
5.º - O direito de ler não importa o quê;
6.º - O direito de amar os heróis dos romances;
7.º - O direito de ler não importa aonde;
8.º - O direito de saltar de livro em livro;
9.º - O direito de ler em voz alta;
10.º - O direito de não falar do que se leu.
E agora, permitam-me ainda que acrescente eu própria, mais um, que a partir deste momento se torna também universal:
Décimo primeiro artigo dos "Direitos Inalienáveis do Leitor":
- O direito de uma livreira expressar publicamente o seu amor pela obra de um grande escritor, quando esse escritor se chama António Lobo Antunes.
Muito obrigada.
Isabel Castanheira, Livreira
Caldas da Rainha, 12 de Dezembro de 2008
2 comentários:
Muito Bem!
Medalha de ouro mais que merecida por um dos nossos melhores autores de sempre...
acho bonita, esta maneira hinesta de lidares com os livros e com as pessoas.
e provavelmente, terás muito mais direito, que todos nós, a demonstrar o teu amor pelos teus ecritores como é o caso do Lobo Antunes. até pelos sapos que também tens de engolir...
continuação de boas festas Isabel e um ano, com a mesma força e densidade cultural deste.
abraço
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