"No século XIX é longa e difícil a distância que separa Lisboa de Braga, mas no imaginário dos lisboetas a cidade minhota ocupa um cantinho muito próprio. À capital chegam as notícias de tradições ancestrais escrupulosamente cumpridas, os ecos de um clero conservador, sendo que o simples nome da antiga Bracara Augusta, depois cidade dos Arcebispos, é inevitavelmente associado à imagem de igrejas e capelas, de conventos e seminários, de confrarias e irmandades.
Estas representações tão vinculadamente religiosas não poderiam deixar de aguçar a curiosidade de Rafael Bordalo, alfacinha, republicano e maçon e de espicaçar a sua forte veia anticlerical."
Título: Crónicas Bracarenses de Rafael Bordalo Pinheiro
Autor: Maria Virgílio Cambraia Lopes
Editor: Fundação Bracara Augusta, Braga
Data de Edição: Braga, Novembro de 2009
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