MANUEL PEDRO DE OLIVEIRA DO RIO-CARVALHO
[...] Resumindo, direi que as composições decorativas Arte Nova, apresentam aspectos que não encontramos na "Art Nouveau".
Assim, em primeiro lugar, um volume e consequentemente uma profundidade, "a gordura e espessura portuguesíssimas" opondo-se às decorações francesas com pouco volume, chatas, mal sobressaíndo do fundo e identficando-se com ele.
Em segundo lugar, uma grande concentração de decoração em certos pontos - janela, portas, varandas - deixando grandes espaços por decorar.
Em terceiro lugar, o emprego do azulejo, como elemento decorativo, que procura superar a falta de dinamismo nas construções.
E em quarto lugar uma temática própria de Portugal, não os cabos marítimos propostos por Baldaque da Silva, não a espiga proposta por Raul Lino, mas uma flor virada, com o caule por principal elemento decorativo, como se pode observar em vários prédios da capital e ainda em algumas peças de cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro." [Página 9]
[Um Aspecto Nacionalista da Arte Portuguesa do Século XIX. Manuel Pedro de Oliveira do Rio-Carvalho. Associação Portuguesa para o Progresso das Ciências. (Comunicação apresentada à 7.ª secção do XXIII Congresso Luso-Espanhol. Coimbra 1956). Separata do Tomo VIII das Publicações do XXIII Congresso Luso-Espanhol., 1 a 5 de Junho. Coimbra. 1957. Dimensão: 18,00 x 25,30 cms. Composto e impreso nas Oficinas da Gráfica de Coimbra. 12 páginas + capas]
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