Num dia sem sol o castelo, lá longe e lá em cima, parecia um cenário de uma história de princesas.
A partir da Praça Rodrigues Lobo meti-me por aquelas ruelas estreitas, com pouca vida e de prédios modestos com ar de abandono. Lá fui andando e encontrando algumas fachadas forradas a azulejo, que fotografei.
Às tantas quase que tropecei num gato de fugiu esbaforido.
E assim andando cheguei ao pequeno largo fronteiro à Sé. Demasiadamente pequeno a permitir uma visão de conjunto da fachada altaneira.
Junto aos carros estacionados, dois ou três bancos corridos ofereciam poiso ao turista.
Assim fiz. Sentei-me e quando levantei o olhar e apanhei um susto!
Sócrates!
E parecia mesmo que estava a olhar para mim, como que a pensar: O que andas tu a fazer aqui que estes são os meus domínios?
E eu a pensar que estava em Leiria e não em Saint Germain des Prés. Apanhei um susto, tanto mais que ele fingia estar a ler por um qualquer teleponto, pois não olhava para o livro, mas para mais além.
E não é que dou de caras com o Padre Amaro a beijar a Amélia, ali à descarada?
Leiria que cidade surpreendente para passear…