Juraste ser sempre minha...
Ai de mim! quebraste a jura! ...
Valha-me o sumo da vinha,
Da vinha da Estremadura!...
Olhos negros, encantados,
São bagos de uva madura
Dos vinhedos pendurados
Nos montes da Estremadura.
Se queres que nasça alegria
Onde só cresce amargura,
Rega a alma, dia a dia,
Com vinho da Estremadura.
Juraste ser sempre minha...
Ai de mim! quebraste a jura! ...
Valha-me o sumo da vinha,
Da vinha da Estremadura!...
Olhos negros, encantados,
São bagos de uva madura
Dos vinhedos pendurados
Nos montes da Estremadura.
Se queres que nasça alegria
Onde só cresce amargura,
Rega a alma, dia a dia,
Com vinho da Estremadura.
Os vinhos de Portugal,
Que tanta fama nos dão,
Não tem no mundo rival
Se da Estremadura são...
Que belo nectar, o vinho,
A Estremadura nos dá.
Do Algarve até ao Minho,
Melhor qu'ele não há
Tua boca é garrafinha
De vinho - marca afamada!
Quem dera ser saca rolhas
Dessa garrafa lacrada!
Petiscos de bacalhau,
Ou gorda sardinha assada,
Sem vinhos da Estremadura
Não são petiscos, - nem nada.
Para haver paz, faz-se a guerra...
- Vejam que grande loucura!
Só se encontra a paz na terra
Nas pipas da Estremadura.
Beber vinho é dar o pão
A um milhão de portugueses,
Mas bebe-se tal porção
E falta o pão tantas vezes!...
Minha menina ora ouça
Que esta é a melhor das baldas
É tão rica como a louça
A bela pinga das Caldas.
Quadras dos Jogos Florais da Festa do Vinho, realizados por altura das Comemorações Centenárias na Província da Estremadura - Caldas da Rainha, 8 de Setembro de 1940. Cerâmicas de Bordalo Pinheiro.
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